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CSPM apresenta aos Sindicatos filiados números importantes para nortear Campanha Salarial 2025

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A cada Campanha Salarial, enfrentamos grandes desafios para garantir os melhores salários e benefícios para os Servidores municipais. Infelizmente, muitas Administrações não valorizam devidamente o trabalho do Servidor público, resultando em perdas salariais significativas que prejudicam aqueles que dedicam seus esforços ao desenvolvimento do município.

Comprometida com os Sindicatos filiados, a CSPM, por meio de sua assessoria de comunicação, realizou um levantamento detalhado da inflação acumulada entre 2017 e 2024. Esse estudo inclui um comparativo das inflações não aplicadas e as perdas acumuladas pelos Servidores públicos ao longo dos anos.

Além disso, destacamos o aumento expressivo nos preços de itens essenciais, como gás e alimentos, e apresentamos o valor da cesta básica sugerido pelo Dieese.

Vale a pena conferir e estar bem-informado na hora de negociar com a Administração municipal.

📉 INFLAÇÃO IPCA DE JANEIRO DE 2017 A NOVEMBRO DE 2024

Vamos a um exemplo (comparando a cidade que no período teve um reajuste de 35% entre 2017 e 2024.

EXEMPLO: se em 2017 o Servidor ganhasse R$ 2.300,00, em novembro de 2024 ele deveria estar recebendo R$ 3.401,95 – aplicado a inflação de 2017 a 2024 (mas como somente foi concedido 35% no período, ele está ganhando R$ 3.105,00). Subtraindo os R$ 3.401,95 por R$ 3.105,00 temos uma perda real e mensal de R$ 296,95.

SEGUNDO EXEMPLO: se em 2017 o Servidor ganhasse R$ 1.500,00, em novembro de 2024 ele deveria estar recebendo R$ 2.577,00 – aplicado a inflação de 2017 a 2024 (mas como somente foi concedido 35% no período, ele ganhando R$ 2.287,50). Subtraindo os R$ 2.577,00 por R$ 2.287,50 temos uma perda real e mensal de R$ 289,50.

QUANTO DEVERIA SER O VALOR DA CESTA BÁSICA?

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, que avalia o custo dos itens essenciais em diversas capitais brasileiras. Em agosto de 2024, São Paulo registrou o maior valor para a cesta básica, custando R$ 786,35.

ALTERAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS ESSENCIAIS

Os preços de itens essenciais como gás de cozinha, arroz e feijão, entre outros, variaram significativamente entre 2017 e 2024, influenciados por fatores econômicos, climáticos e de mercado. 

Gás de Cozinha (GLP) – Em 2017, o preço médio do botijão de 13 kg de gás de cozinha no Brasil oscilava entre R$ 55 e R$ 65, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 2024, o preço médio nacional variou entre R$ 100,88 e R$ 102,18.

Arroz – Em 2017, o preço do arroz era relativamente estável, com o pacote de 5 kg sendo comercializado entre R$ 10 e R$ 15, dependendo da região e da marca. Em 2021, houve um aumento significativo nos preços, com alta acumulada de 23,48% em 12 meses até agosto. Para 2025, projeta-se uma produção de arroz em torno de 12,1 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018, o que pode influenciar os preços no mercado interno.

Feijão – Em 2017, o preço do feijão apresentou uma queda significativa, com o feijão-carioca registrando uma redução de 46,06% no ano. No entanto, entre abril de 2020 e agosto de 2021, houve um período prolongado de alta nos preços, com aumentos acumulados acima de 10% em 12 meses. Para 2025, a produção de feijão deve se manter estável, próxima a 3,28 milhões de toneladas, a maior desde 2016/2017, o que pode contribuir para a estabilização dos preços.

Óleo de Soja – Em 2017, o litro do óleo de soja era encontrado por aproximadamente R$ 3,50 a R$ 4,50. Em 2023, o preço médio do óleo de soja registrou uma queda de 28,74% em relação ao ano anterior.

Leite Longa Vida – Em 2017, o litro do leite longa vida custava em torno de R$ 2,50 a R$ 3,50. Em 2023, houve uma redução de 17,1% no preço do leite longa vida em comparação ao ano anterior. Hoje o valor do litro do leite chega até R$ 8,00.

📈 ALIMENTOS QUE MAIS AUMENTARAM ENTRE 2017 E 2024

Entre 2017 e 2024, diversos alimentos no Brasil registraram aumentos significativos de preço, influenciados por fatores como condições climáticas adversas, aumento nos custos de produção e oscilações cambiais. Embora não disponhamos de dados precisos para todo o período, informações recentes destacam os seguintes itens com expressivas altas de preço:

💬 Presidente Aires Ribeiro

“As informações que compartilhamos são fundamentais para orientar nossa luta por melhores salários e pela ampliação de benefícios. Reconhecemos que o momento é desafiador para o movimento sindical, especialmente para os Servidores públicos. No entanto, como líderes, temos o dever de agir com coragem, nos munir de conhecimento e lutar por aqueles que nos confiaram a responsabilidade de representá-los. Não podemos nos deixar abater pelo pessimismo. Nosso compromisso é com a ação permanente, com a resistência e com a valorização da nossa categoria. Juntos, seguiremos firmes na defesa dos direitos dos trabalhadores!”